O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (14), que pretende aplicar novas sanções contra autoridades envolvidas no programa Mais Médicos, classificado pela administração do ex-presidente Donald Trump como um “esquema coercitivo de exportação de mão de obra”.
A declaração foi feita pelo Gabinete para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado e republicada pela embaixada norte-americana no Brasil. Em tom de ameaça, a diplomacia norte-americana voltou a acusar o Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) de utilizar o programa para contornar o embargo econômico imposto por Washington a Cuba.
> “O programa Mais Médicos do Brasil foi um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da OPAS”, diz o comunicado divulgado pela embaixada.
Os Estados Unidos afirmaram que “não restam dúvidas” de que seguirão responsabilizando todos os indivíduos ligados ao que chamam de “esquema coercitivo de exportação de mão de obra”.
Criado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos teve como objetivo ampliar o atendimento básico de saúde no Brasil, especialmente em regiões carentes. Uma parte significativa dos profissionais recrutados veio de Cuba, por meio de um acordo mediado pela OPAS.
0 Comentários